quinta-feira, 26 de julho de 2012

SERENDIPIDADE*


                                        Van Gogh - Noite Estrelada


“Meu corpo abstém-se em silêncio...
O silêncio reconhece o som das batidas do coração
Curioso me observa
Através do espelho da alma
Como um espião eficiente
Feito um pássaro liberto sobrevoa meus pensamentos...
Num instante,
O medo bravo em sua tirania se instaura e chacoalha meu interior
Minha natureza estremece ameaçada,
Pelo descolorir das belas flores roxas
Que brotam em meu jardim intocável e ditoso
Mas o tempo...
Condutor de destinos
Entorpecente
Docemente me afaga
Sereno e agradável
Como a brisa fresca das noites de primavera.
Minha respiração frágil
Num golpe de fé
De alguma forma se fortalece
Seria o chamado otimismo que habita os espíritos de alguns seres?
Vivo de semear esperança e colher paciência
Dia após dia,
Passeando dentro de mim mesma
De um lado para outro
Longe do abismo
À espreita da eminente alegria
Que reacende a luz dos meus olhos
Num piscar de cílios
Desenhando um largo e singelo sorriso
No rosto cansado e choroso
Pois mesmo em meio à neblina
Nunca me perco de mim
E apesar da tempestade
Sempre haverá no mundo
Estrelas brilhantes no céu
Para se contemplar”.

(Vanessa Garcia)



 *Serendipidade, também conhecido como Serendipismo, Serendiptismo ou ainda Serendipitia, é um anglicismo que se refere às descobertas afortunadas feitas, aparentemente, por acaso.
A história da ciência está repleta de casos que podem ser classificados como serendipismo. O conceito original de serendipismo foi muito usado, em sua origem. Nos dias de hoje, é considerado como uma forma especial de criatividade, ou uma das muitas técnicas de desenvolvimento do potencial criativo de uma pessoa adulta, que alia perseverança, inteligência e senso de observação. (Wikipédia)